Quem sou eu ???

Seja bem-vindo ao Blog ComunicAção!!! Sou graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Braz Cubas (S.P). Conquistei a Menção Honrosa na 4° Edição do Prêmio CBN de Jornalismo Universitário (2012) http://cbn.globoradio.globo.com/premio-cbn-2012/VENCEDORES.htm. Trabalhei na Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos (S.P), fui repórter do jornal Cenário Notícias de Ferraz e produtora na Rádio Metropolitana AM 1070 de Mogi das Cruzes (S.P.). Também atuei como estagiária nas agências NA Comunicação e Marketing e SPIN Comunicação. As reportagens, matérias, crônicas e artigos postados foram desenvolvidos na faculdade sob a orientação dos professores. E os textos sobre política foram redigidos na Secretaria de Comunicação de Ferraz. Também estão disponibilizados nos sites: www.ferrazdevasconcelos.sp.gov.br, www.mogiano.com e www.jornaldomunicipio.com.br

domingo, 3 de junho de 2012

Língua mãe quer unir filhos 

Por: Aline Pagliarini

Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa unifica oito nações que falam o idioma 

Consequência sem trema, autoescola perdeu o hífen e assembleia aboliu o acento agudo. As pessoas estão economizando na escrita ou a teoria que o mundo vai acabar em 2012 já começou matando as palavras? Não, ocorre que no dia 1° de janeiro deste ano entrou em vigor o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, o qual estabelece mudanças de algumas palavras.

O português não é apenas a língua mãe do Brasil, ela também carrega no colo mais sete filhos: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e o nosso pai, Portugal. O objetivo de unir esta família é acabar com as diferenças existentes e facilitar o intercâmbio de informações e textos, entre os irmãos.

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Já faz mais de 30 anos que a Academia Brasileira de Letras e a Academia de Ciências de Lisboa tentam juntar a família, porém, só agora é que foi registrada a certidão de nascimento de cada filho. Em 29 de setembro de 2009, o ex-presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva lavrou nossa certidão. De acordo com o decreto, entre 2010 e 2012 é o período de transição, em que tanto a ortografia antiga quanto a nova estarão sendo aceitas em vestibulares, concursos públicos e órgãos de imprensa.

A princípio pode parecer que é uma mudança muito grande, mas apenas 0,5% das palavras terão alterações na grafia. Entretanto, teremos até 31 de dezembro deste ano para nos juntar aos nossos irmãos.

Outras reformas 

Essa não é a primeira vez que a mãe tenta unificar seus filhos. Em 1911, o português sofreu uma reforma ortográfica encabeçada por Portugal que alterou a maneira de se escrever palavras como, farmácia (que antes se escrevia pharmarcia, com ph) e cristalino (que era grafado christallino, com ch e ll).

No Brasil, a última grande reforma do idioma ocorreu em 1971. Visando aproximar os irmãos portugueses e brasileiros, foram supridos os acentos gráficos responsáveis por 70% das divergências entre duas ortografias oficiais. A mudança aboliu o acento circunflexo das palavras acôrdo, govêrno e flôr, por exemplo.  

Opinião de educador 

Para a professora de Língua Portuguesa, Flávia Antonia Siqueira Silva, que há seis anos trabalha na área da educação e atualmente leciona em uma instituição da Rede Pública Estadual de Ensino na cidade de Ferraz de Vasconcelos (S.P), a mudança da nova ortografia foi extremamente desnecessária, pois não facilita na escrita. “Um exemplo disso é o uso dos porquês, as dúvidas continuam, as pessoas se habituam a escrever de uma só maneira, mesmo estando errado”, apontou.
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Segundo Flávia, mesmo com os novos livros didáticos vindo com as mudanças ortográficas, será um desafio para os professores fazer os alunos alfabetizados reaprender a escrever o idioma, principalmente quando, “o governo, ressaltou a professora, está fornecendo apenas um guia on-line para ser trabalhado em sala de aula”. 

A compreensão das mudanças da língua mãe causa muitas dificuldades nos filhos. Flávia explica que guias e manuais são excelentes ferramentas para aprender as novas normas ortográficas. Ela salientou que o educador deve incentivar os estudantes a prática da leitura. “Ler muito, além de ampliar o repertório do aluno, faz com que ele escreva e fale melhor".
A guerra do transporte público

Por: Aline Pagliarini

São Paulo é o estado que tem maior fluxo de transporte coletivo do país. Milhares de pessoas todos os dias enfrentam trens, metrôs e ônibus. São pais de famílias que por meio do trabalho buscam o sustento dos filhos.  

O brasileiro João Gomes da Silva, 38 anos, é um personagem fictício no meio desta realidade, morador da cidade de Poá, casado, pai de dois filhos e a esposa está grávida do terceiro. Trabalha de auxiliar de produção de segunda a sábado em uma empresa próximo ao metrô Liberdade. Ele embarca no trem das 6h na estação de Poá, com os equipamentos preparados para enfrentar a batalha diária, na mochila preta carrega a marmita com o almoço, a blusa de moletom, o guarda-chuva e objetos de higiene pessoal. 

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Tentando se equilibrar nos vagões de combate começa o empurra, empurra, escuta alguns soldados na zona de risco explanando palavrões e outros fecham os olhos para recuperar o sono perdido na madrugada. Assim, Seu João segue viagem até a estação Guaianazes para transferência de linha, agora outro episódio de guerra, a disputa por lugar para ir sentado até a estação da Luz.

Os barulhos dos sapatos indicam a correria para entrar no outro trem. Outra vez o empurra, empurra, junto com o aperto. Segundo a lei de Newton: dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, mas no transporte público de São Paulo essa lei não existe, pois cerca de quatro pessoas ocupam um metro quadrado dentro de um vagão de trem.   

O aperto é constante como se fossem sardinhas enlatadas, um apoia no outro, são braços nas costas, cotovelos na barriga, as pessoas ficam tão próximas uma das outras que João chega a ficar quase 40 minutos sentido a respiração do outro passageiro em seus cabelos. 

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Enfim, estação Luz, os combatentes fazem transferência para o metrô, começa uma nova batalha, a aglomeração para aguardar o metrô na plataforma. Passa um e Seu João não consegue entrar, passa outro, nem próximo da porta ele chega, finalmente no terceiro ele consegue embarcar, junto dele as armaduras dos soldados caracterizadas pelas bolsas e mochilas que se apertam no meio da multidão. Se equilibra no aperto, após alguns minutos o trabalhador finalmente chega à estação Liberdade, está parcialmente “liberto”, ainda falta à volta.

O trabalhador chega à empresa no horário, ainda bem que não está chovendo, pois quando isto acontece o transporte metropolitano fica lento e chegar ao serviço sem atraso, é luxo. Está próximo das 17h, zona de combate aglomerada, um exército de trabalhadores segue de volta para casa. Seu João embarca no metrô, faz transferência para trem e chega à estação Brás, um dos maiores centros de compras de São Paulo, mas agora um novo elemento faz parte da viagem, mulheres com pacotes gigantes repleto de mercadorias para estocar e vender em seus comércios. Mais uma vez algo que não funciona no transporte metropolitano, a bela voz que anuncia “proibido carregar volumes que possam causar transtorno aos usuários”.   
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Passado mais de 30 minutos, o trabalhador faz transferência para o trem sentido Guaianazes, não consegue embarcar no primeiro então espera o próximo. Vê jovens e homens sentados nos assentos preferenciais, olha para a esquerda, vê uma gestante em pé e ninguém se manifesta para dar o lugar. Ele se lembra da esposa grávida de cinco meses que poderia estar passando pela mesma situação. Assim, segue viagem tendo que suportar o odor de suor dos passageiros característico do dia de trabalho.

Chega em Guaianazes, mas falta mais uma etapa, embarcar no trem sentido Estudante. Finalmente, João desembarca ao destino final, estação Poá, caminha até sua casa, já são quase 19h, chega dá um beijo na esposa e nos filhos toma banho, vai jantar, assiste um pouco de TV e vai dormir para no outro dia enfrentar tudo de novo, com um detalhe, completar o trajeto ida e volta de pé. É a realidade do trabalhador brasileiro registrado com cerca de dois salários mínimos, trabalha muito e descansa pouco.
 
Estamos em ano eleitoral, os candidatos começam a fazer campanhas, promessas, discursos, passam quatro anos no poder e pouco faz pelas politicas públicas do país. O transporte público está um caos, são poucos veículos para comportar o grande número de passageiros. Em 2014, o Brasil será sede do maior evento esportivo, a Copa do Mundo e receberá vários estrangeiros. Será que até lá teremos transporte coletivo adequado para os brasileiros e os visitantes? Ou o país ficará com a má fama aos olhos das outras nações? Depende de quem a sociedade colocará no poder para que os líderes políticos escolhidos trabalhem em favor do povo.
Preparando as águas do futuro 

Por: Aline Pagliarini 

ONG Bio-Bras de Mogi das Cruzes lança nas escolas projeto Gestão das Águas do Futuro

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Nadja Soares de Moraes, bióloga e presidente da ONG Bio-Bras 

Será que as gerações futuras terão água limpa para beber e suprir as necessidades básicas do dia a dia como, tomar banho, cozinhar e lavar roupa? Pesquisas apontam que daqui a duas décadas os recursos hídricos vão fazer falta para alguns lugares do planeta. A situação é preocupante, por isso ambientalista estão criando programas de preservação das fontes naturais. É o caso da bióloga e presidente da ONG Bio-Bras de Mogi das Cruzes, Nadja Soares de Moraes que está implantando o projeto Gestão das Águas do Futuro.

A iniciativa envolve 23 escolas municipais, estaduais e particulares da cidade, em que 120 professores foram capacitados para ensinar aos alunos como funciona a distribuição dos recursos hídricos para a população do Alto Tietê. O projeto vai formar até dezembro deste ano os comitês mirins e jovens de bacias hidrográficas, que tem como objetivo aplicar a metodologia do gerenciamento das águas no município. A proposta é que nos próximos anos o programa seja reaplicado em outras bacias e em outros estados do Brasil.

Segundo Nadja, o gerenciamento na forma de comitê das águas de São Paulo completou 20 anos, em que o Estado, as Prefeituras e a Sociedade Civil administram os recursos. O modelo está sendo reaplicado em outras regiões do país, praticamente todos os estados possuem comitês. “Hoje a gestão não é mais uma divisão política de municípios e sim de bacias hidrográficas”, concluiu.

A função do comitê é administrar a barragem e o abastecimento nas regiões. A bióloga salienta que o valor pago pelo uso da água em usinas hidrelétricas e indústrias é depositado no fundo de recursos hídricos e o comitê decide como deve ser utilizado o valor arrecadado.

Projeto Renove 

Com 65 sócios e afiliados, uma equipe de 22 funcionários, voluntários e estagiários a Bio- Bras também desenvolve desde 2008 o projeto Renove, que tem como missão evitar o descarte de óleo vegetal no rio Tietê. O programa recolhe mensalmente 30 mil litros de óleo e já conseguiu minimizar 20% da poluição.

De acordo com Nadja, a Bio-Bras instalou mais de 150 postos de coleta em lugares públicos na região do Alto Tietê. A dona de casa e os proprietários de comércios do segmento alimentício depositam em vasilhames com tampa o óleo utilizado. A ONG recolhe o material e reaproveita na forma de não poluir a água. “Usamos na produção de tintas, vernizes, óleos desmoldantes, lubrificantes e biodiesel”, ressaltou.  

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Historicamente o óleo vegetal pode ser reaproveitado para fazer sabão caseiro. A ambientalista explica que isto acaba voltando para o rio com uma contaminação ainda maior e, que nem a estação de tratamento consegue limpar a água. O projeto mudou o hábito de mais de 12 mil residências, que aprenderam a separar e destinar corretamente o óleo.  

O sucesso do Renove recebeu prêmios e parceiros importantes como, a Sabesp, o Comitê e o Subcomitê de Bacias Hidrográficas do Alto Tietê Cabeceiras e o apoio do Programa Petrobras Ambiental, premiado na edição de 2010.  

Código Florestal
 
A polêmica dos deputados modificarem a parte do texto do Código Florestal que trata do uso e da recuperação nas Áreas de Preservação Permanente (APP) está provocando manifestações de ambientalista, que em menor número e com pouca credibilidade querem chamar a atenção para as questões ambientais. Entretanto, a decisão só cabe ao poder e as vozes politicas regem o país.

Para Nadja, é um retrocesso que vem passando pelos departamentos e beneficiando somente os grandes latifundiários e as multinacionais. “São eles que bancam as transformações e os políticos que votam nas mudanças. Não se pode abrir mão das áreas de preservação permanente, as catástrofes, o grande volume das chuvas e secas estão acontecendo, o efeito ambiental é mais prejudicial e custa mais caro para o governo do que preservar o meio ambiente”, afirmou.

Remodelar o Código Florestal levanta a bandeira de que como os pequenos latifundiários e a agricultura familiar vão se beneficiar? A bióloga disse que a última instância será o veto da Presidenta Dilma Rousseff, pois quem está ganhando é o poder econômico. “Não se fala em desenvolvimento sustentável, a não ser que a sustentabilidade for econômica e não para a população”, ressaltou. Ela concluiu dizendo que o governo vai aprovar uma lei que abre brechas para que os empresários se beneficiem, por outro lado, vai isentar todos que até 2008 cometeram crimes ambientais.

Bullying: alvo de ofensa
Por: Aline Pagliarini
Escola torna ambiente de práticas ofensivas mascaradas como brincadeiras
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Quem nunca foi caçoado ou caçoou alguém na escola? Risadinhas, fofocas, empurrões, ganhar apelidos por ser gordo, magro, usar óculos ou aparelho nos dentes? A maioria das pessoas já testemunhou ou foi vítima dessas chamadas “brincadeirinhas”. 
Estudantes de todas as idades sofrem com um tipo de violência que vem mascarada na forma de brincadeira. Este tipo de comportamento recebe o nome de bullying e pode acarretar sérias consequências no desenvolvimento psíquico dos alunos, provocando desde a baixa autoestima até em casos maios extremos, o suicídio.
O bullying é um termo em inglês utilizado para designar agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva geralmente por grupo alunos contra um colega da escola. São provocações, ameaças e até humilhações racistas ou preconceito homossexual, feitos à vítima por ela não ter os padrões e as características físicas impostas pela sociedade.
No princípio pode parecer uma simples “brincadeira inofensiva”, mas que de maneira contínua essas práticas separatistas e difamatórias afetam o estado emocional da vítima acarretando isolamento, queda no rendimento escolar ou algum tipo de trauma que influencie nos traços da personalidade.
De acordo com especialistas, além de o bullying acontecer nas escolas também pode ocorrer em outros contextos sociais, como em universidades, locais de trabalho, famílias e vizinhanças.
Opinião de especialista
Segundo a psicóloga clínica, Ivanice Schneider Utsumi, o bullying já vem ocorrendo há muito tempo, só que não recebia este termo e às vezes os pais não conseguem identificar se o filho está sofrendo algum tipo de humilhação, acham que isso pode acontecer com outras crianças e não com o próprio filho. “A criança que sofre de bullying fica mais introvertida, quieta, tímida e com medo de ir para escola, começa a inventar desculpas, como dor de cabeça, dor de barriga, para não ir à escola”, afirmou.
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Para a psicóloga, quando os pais percebem que o comportamento do filho está mudando, tem que ir à unidade escolar, conversar com os professores e saber o que está acontecendo. Porém, os pais trabalham muito e jogam a responsabilidade de educação sobre a instituição de ensino e a escola, por sua vez, não se acha a única responsável por educar e devolve a obrigação para os pais. Ela salienta que “quanto mais a parceria da escola e dos pais estiverem juntas, melhor é a convivência da criança nos dois ambientes”.
A especialista comenta que a rede pública de ensino está deficiente de profissionais de psicologia, e que quando ministrou uma palestra sobre bullying em uma escola de Mogi das Cruzes, estudantes disseram que sofrem desta prática. “Geralmente, é aquela criança gordinha, magrinha ou que usa óculos”, ressaltou. A psicóloga ainda acrescenta que durante a palestra um aluno de 7 anos disse: ­­­­ ­­–– ‘Tia, agora não é mais quatro olhos que se chama, agora é 3D, quem usa óculos a gente chama de 3D’. “Os apelidos estão evoluindo, e a criança sofre mesmo jeito”, concluiu.
Dentro do processo educacional, Ivanice declara que o trabalho dos pais e da escola deve ser em conjunto. Ensinar que a agressão verbal ou física não leva a nada, parar de alimentar na criança que é violenta, atos de violência. Em contrapartida, instigar crescer e melhorar a autoestima da criança que é ofendida. 
Cyberbullying
Recentemente as mídias digitais deram uma nova cara ao problema. As difamações e calúnias transpuseram as barreiras das escolas e chegaram ao meio virtual batizados como cyberbullying. São e-mails ameaçadores, comentários depreciativos em sites de relacionamento e mensagens com fotos e textos constrangedores.
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O espaço virtual é ilimitado, o poder de agressões se amplia e a vítima se sente acuada mesmo fora da escola. De acordo com a especialista, o cyberbullying está na moda, as crianças estão mais informatizada e começam a praticar o bullying dentro da internet. “Falam mal dos professores, criam sites e comunidades referente ao aluno que foge dos padrões físicos”, afirmou.
Ivanice salienta que os pais têm que saber o que os filhos estão fazendo no ambiente digital e observar sinais de mudança de comportamento, “como é a rede social que ele participa, com quem ele fala”, ressaltou. “Crianças que cometem bullying crescem adultos sem limites, que pode levar para o lado do crime”, alerta a psicóloga.