Quem sou eu ???

Seja bem-vindo ao Blog ComunicAção!!! Sou graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Braz Cubas (S.P). Conquistei a Menção Honrosa na 4° Edição do Prêmio CBN de Jornalismo Universitário (2012) http://cbn.globoradio.globo.com/premio-cbn-2012/VENCEDORES.htm. Trabalhei na Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos (S.P), fui repórter do jornal Cenário Notícias de Ferraz e produtora na Rádio Metropolitana AM 1070 de Mogi das Cruzes (S.P.). Também atuei como estagiária nas agências NA Comunicação e Marketing e SPIN Comunicação. As reportagens, matérias, crônicas e artigos postados foram desenvolvidos na faculdade sob a orientação dos professores. E os textos sobre política foram redigidos na Secretaria de Comunicação de Ferraz. Também estão disponibilizados nos sites: www.ferrazdevasconcelos.sp.gov.br, www.mogiano.com e www.jornaldomunicipio.com.br

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Impresso e jornalismo prostituto

Por: Aline Pagliarini

A correria diária das redações e a cobrança dos editores para fechar o jornal, enviar para a diagramação e chegar às mãos dos leitores no dia seguinte, faz com que os jornalistas deixem de abordar o fato com a dimensão humana, no intuito de suscitar o interesse e a atenção do público.
Não utilizam o gênero literário que está quase extinto no impresso e usam modalidades informativas e interpretativas. Deixam de lado detalhes que contribuem na essência da notícia: não observam ambientes, cores, cheiros e expressões faciais dos entrevistados, simplesmente reproduzem o mesmo que as outras mídias, e em algumas situações nem vão a campo para constatar o fato pessoalmente, decidem fazer a entrevista por telefone ou e-mail.
Ocorre que para cumprir todas as pautas do dia, falta tempo para uma apuração mais minuciosa e isso acaba deixando a matéria superficial, transferindo para os textos as mesmas informações que os outros veículos já deram. Além disso, as mídias eletrônicas conseguem informar primeiro que o impresso, que infelizmente só chegam às bancas na manhã do outro dia.
Em contrapartida, recém-formados em jornalismo quando entram no mercado querem colocar em prática o que aprenderam durante o curso, porém são emplacados pela linha editorial em saber que a imprensa é uma empresa e precisa de subsídio financeiro para se manter, muitas vezes custeada por poderes políticos. E também, pela pressão dos editores que deixam as matérias padronizadas e cobram dos repórteres o que o veículo pede: ouvir o maior número de fontes de informação.
Quando consultamos uma fonte de informação as declarações podem ser limitadas, como no caso de lideranças políticas ou pessoas com alguma influência na sociedade que são orientadas pelos assessores a falarem somente o necessário. Assim, utilizamos recursos como: De acordo com..., Segundo ele..., será que essas declarações merecem ser publicadas nos órgãos de imprensa?    
Acontece que para entregaram as matérias com o limite de toques exigidos, o jornalista após redigir o lide e responde-lo faz uso das informações adicionais, abrindo aspas e colocando a fala de alguém citado na matéria. Resta saber se o público leitor dará importância a estas frases pré-montadas.
No entanto, o jornalista lida com um dos bens mais importante da sociedade contemporânea, a informação. As pessoas não querem saber o que aconteceu, mas por que aconteceu. Querem que os jornais sejam uma caixa de surpresa, ao abri-lo se deparem com exposições inéditas que mexam com o interesse público, o que até alterem o modo de pensar.
Porém, a realidade é outra, os jornais chegam às bancas pela manhã e viram um simples pedaço de papel no final da tarde. Quando falta espaço para completar a diagramação, apelam em aumentar o tamanho das fotos, colocam mais anúncios publicitários ou inserem notas. Quando a circulação diminui, recorrem ao departamento de marketing para que crie ações de comunicação, agregando à venda do impresso a alguma promoção.
O alemão Johannes Gutenberg ficaria feliz em saber que a prensa móvel resultou em uma mídia de comunicação de massa, porém ficaria frustrado em ver que sua invenção virou um comércio de textos pautados conforme a ideologia do veículo.

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